MOSAIC ESTUDA VENDER SUAS MINAS DE FOSFATO EM PATROCÍNIO E ARAXÁ

Multinacional avalia a possibilidade de deixar o segmento de fertilizantes em Minas Gerais para se concentrar na extração de nióbio em Araxá
Marco Aurélio Neves / Repórter
A Mosaic Company, gigante multinacional do ramo de fertilizantes, avalia a possibilidade de vender suas minas de fosfato localizadas nas cidades de Araxá e Patrocínio, ambas no Alto Paranaíba, enquanto procura parceiros para desenvolver uma parceria para extração de nióbio em Araxá.
O movimento da fornecedora de fertilizantes surge poucos meses depois de a empresa vender outra unidade de mineração de fosfato no Alto Paranaíba, dessa vez em Patos de Minas, em janeiro, para a Fosfatados Centro. A companhia assumiu a mina e as barragens de rejeitos da Mosaic na região por US$ 125 milhões em dinheiro ao longo de seis anos.
À época, o vice-presidente de Operações da Mosaic, Karen Swager, afirmou que a transação estava alinhada com a estratégia da empresa, de revisar e monetizar ativos não essenciais para o negócio, além de redirecionar capital para investimentos em áreas com retornos mais altos.
A unidade de mineração da Mosaic em Patos de Minas estava com as operações paralisadas. A empresa comercializava somente o minério estocado que foi explorado, quando a unidade estava operacional.
Em nota ao Diário do Comércio, a multinacional não revelou os potenciais valores das negociações, mas declarou que “segue aberta a oportunidades que aumentem a agilidade e competitividade do negócio”, e considera a venda de mais unidades de produção de fosfato no Alto Paranaíba ao mesmo tempo em que tenta desenvolver a exploração do mineral estratégico em Araxá.
Apesar da intenção em se desfazer das unidades de fosfato em Minas Gerais, o CEO da Mosaic, Bruce Bodine, em teleconferência com investidores neste mês, declarou que a presença da empresa no País pode ser uma vantagem competitiva, em meio à turbulência no comércio internacional, provocada pela guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. A gigante global espera um crescimento de 15% nas vendas de fertilizantes neste ano.
No primeiro trimestre deste ano, a companhia obteve lucro líquido de US$ 238 milhões, um crescimento de 427% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o resultado foi de US$ 45,2 milhões, e um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de US$ 544 milhões no período, com margem de 47%.
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