REGIÃO DO CERRADO MINEIRO LANÇA CAMPANHA PARA PROTEGER ORIGEM DO CAFÉ

Jul 31, 2024 - 14:47
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REGIÃO DO CERRADO MINEIRO LANÇA CAMPANHA PARA PROTEGER ORIGEM DO CAFÉ
Para safra 2024, Federação dos Cafeicultores do Cerrado aponta que volume de cafés especiais deve ser entre 40% e 60% | Crédito: Divulgação RCM
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Uso indevido da Denominação de Origem (DO) é grande desafio hoje da região; fraude vem acontecendo tanto no mercado interno quanto externo

MOTOS E MOTOS

Michelle Valverde / Diário do Comércio                                                              

O uso indevido da Denominação de Origem é um desafio enfrentado pela Região do Cerrado Mineiro (RCM). Um levantamento da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, detentora da Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro, mostrou a prática da comunicação de origem sem a certificação acontecendo tanto no mercado interno como externo. O uso em cafés não certificados pela entidade pode comprometer a reputação da região, prejudicando consumidores e produtores. Assim, para conscientizar sobre a marca e combater o uso irregular foi lançada a campanha “A verdade é rastreável – promovendo o autêntico Cerrado Mineiro”.
De acordo com o diretor-executivo da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal, a campanha tem o objetivo de conscientizar a cadeia do café e os consumidores. Nela, serão mostrados o valor do selo, como a marca diferencia os cafés da região no mercado e a importância em consumir os cafés autênticos. “Nossa campanha começou no dia 6 de julho e visa proteger a nossa Denominação de Origem, conquistada em 2013. O café da Região do Cerrado Mineiro tem reconhecimento no mercado mundial e está presente em mais de 50 países de todos os continentes. Há muita infração acontecendo, estão comunicando a origem sem ter o selo da nossa marca. Isso acontece tanto na venda dos cafés verdes como dos torrados, no mercado interno e externo”.
A campanha conta com a participação de personalidades do mercado, todos referências na RCM. Estão na campanha cafeicultores, exportadores de café, torrefadores e consumidores de café especial. A divulgação inclui redes sociais, áudios e vídeos, materiais impressos como banners e outdoors, totens e diversos materiais promocionais, como camisetas, copos térmicos e bottons.

NOVA POLÍTICA DA MARCA CERRADO MINEIRO VAI AMPLIAR VOLUME DO CAFÉ CERTIFICADO
Além de conscientizar sobre o uso e a importância da marca, que atesta a origem e a qualidade do café, a campanha busca informar produtores, cooperativas, exportadores, torrefadores e consumidores nacionais e internacionais sobre a nova política da Denominação de Origem (DO) e os benefícios. Conforme a atualização das normas, todos os cafés da região que atingirem pelo menos 80 pontos na prova de xícara e passarem pelas cooperativas terão a certificação, podendo, então, utilizar o selo.

RECANTO DA SERRA

 Cafés da RCM têm QRCode para consumidor atestar rastreabilidade | Crédito: Divulgação RCM
                                                                                                                                                                      Conforme Tarabal, a nova política vai ampliar o volume de café da região utilizando o selo da DO. Com isso, haverá um aumento do controle e da rastreabilidade da origem do café do Cerrado Mineiro. Outro resultado esperado é a valorização do café certificado com o selo de DO, tanto no mercado nacional quanto internacional. Assim, haverá maior engajamento e sentimento de pertencimento entre os produtores e demais stakeholders. “Nossa meta é chamar a atenção do produtor da região e aumentar, significativamente, o volume de café verde apto a usar o selo de Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro. Para este ano, projetamos sair das 130 mil sacas de café de 2023 para 600 mil sacas utilizando o selo. Estamos trabalhando junto às cooperativas para que mais café certificado chegue ao mercado”.
Na safra 2024, a estimativa, segundo Tarabal, é que a Região do Cerrado colha um total de 5,5 milhões de sacas e, deste volume, entre 40% e 60% podem ser classificados como cafés especiais. A safra está menor que a anterior, que somou 7,5 milhões de sacas. As altas temperaturas interferiram no volume produzido.

IMPORTÂNCIA DA DENOMINAÇÃO DE ORIGEM
Conforme os dados da Região do Cerrado Mineiro (RCM), pioneira na DO para o café no Brasil, a Denominação de Origem (DO) é um selo de qualidade que identifica produtos originários de uma região específica e que possuem características singulares e diferenciadas. Esse diferencial vem de fatores geográficos, climáticos e culturais.
No caso dos cafés da Região do Cerrado Mineiro, a certificação garante que o produto foi cultivado e processado na área dos 55 municípios que compõem a região e por um dos 4.500 produtores, obedecendo a padrões rigorosos de qualidade, sustentabilidade e garantindo a rastreabilidade.

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