Discreta,atenciosa,escolheu a medicina como profissão ,foi apoio ,conselheira e suporte na vida de varias mulheres no pré natal,no parto ,no pós parto.
Uma mulher e a escolha medicina era muita ousadia e força de vontade numa sociedade que não aceitava mulheres estudando.formando e em exercício da medicina.
Nas doenças contraídas do parceiro e temidas pela sociedade
civil.No seu consultório as mulheres podiam fazer qualquer pergunta,podiam confessar seus desejos,medos.
Caso você encontrasse num lugar publico num restaurante ela e dr Walter podia saber que estavam planejando algo na filantropia.
Praticou o que a “mão direita faz a esquerda não precisa saber.”
Seu olhar era a expressão da doçura.
No consultório da casa paterna rua Presidente Vargas uma casa charmosa nível mais baixo que o passeio
orientou várias mulheres na questão sexual,no infinitivo mundo de uma mulher em diversas idades ,
a maioria criada para não conversar sobre sexualidade.
Viajada ,estudiosa foi presença marcante em diversos Congressos até internacionais.
Quantos partos normais,quantas cesarianas?
Terminando o atendimento no bloco cirúrgico ela mesma abria a porta e num olhar lindo,numa voz doce anunciava:
“-Correu tudo bem no parto ,uma linda e abençoada criança.Parabéns aos pais.”
Quantas vidas tiveram suas mãos como o primeiro toque nesse planeta?
Uma mulher em trabalho de parto requer companhia e Dra Nalzira não arredava o pé da Santa Casa de Misericórdia de Patrocínio.
Insubstituível.
Nossa eterna gratidão.
Descanse em paz.
Texto: Monica Othero Nunes