AGROBELONI É REFERÊNCIA EM AGRICULTURA REGENERATIVA

Dez 17, 2024 - 09:35
 0  119
AGROBELONI É REFERÊNCIA EM AGRICULTURA REGENERATIVA
Com cinco décadas de história, a AgroBeloni, natural de Patrocínio, no Alto Paranaíba, cultiva batata, cebola, laranja, café, soja, milho, feijão, trigo, sorgo e eucalipto | Crédito: Reprodução Site Agrobeloni
onnet
motocross


Empresa mantém crescimento sólido há 20 anos, destacando-se no mercado nacional e internacional, especialmente no setor cafeeiro

MOTOS E MOTOS

Mara Bianchetti / Diário do Comércio

Uma empresa familiar nascida em Patrocínio, no Alto Paranaíba, e que atualmente cultiva batata, cebola, laranja, café, soja, milho, feijão, trigo, sorgo e eucalipto, a AgroBeloni tem cinco décadas de história e, não por acaso, atravessou diferentes cenários econômicos e políticos, bem como desafios climáticos e ambientais, preservando a mesma taxa de crescimento nos últimos 20 anos. Para além da sustentabilidade do negócio, está o respeito pela terra e pelos princípios tecnológicos e sustentáveis de ponta a ponta na cadeia produtiva.
Para isso, a empresa mantém investimentos constantes em ações que vão desde o preparo do solo até a entrega do produto final aos parceiros e compradores, priorizando procedimentos sustentáveis e o cuidado com o meio ambiente. A começar pela agricultura regenerativa, na qual a empresa começou a investir em 2018, por meio da compostagem, da cobertura de solo e dos insumos biológicos. Apenas a fábrica de biológicos demandou aportes de R$ 2 milhões. Mas os esforços não param por aí. “A gente hoje também substitui uma boa parte do fertilizante químico por orgânico, produzido na própria fazenda. Apenas em 2024, foram 7 mil toneladas de composto orgânico, ao custo de R$ 3 milhões.[…] Pelo tamanho do nosso negócio é um investimento bem grande”, orgulha-se o diretor presidente da AgroBeloni, Fernando Nogues Beloni.

anuncie aqui
ptc academia

A AgroBeloni, representada pelo seu diretor-presidente, foi agraciada na nona edição do Prêmio José Costa, na categoria Qualidade Ambiental | Crédito: Diário do Comércio / Alessandro Carvalho

Diante de tantos esforços e resultados, a AgroBeloni foi agraciada na nona edição do Prêmio José Costa, na categoria Qualidade Ambiental. Para o diretor-presidente, um reconhecimento do trabalho que realizam, especialmente no que se refere à agricultura regenerativa usada no cultivar do café, adotando pilares para melhorar a conservação do solo, do meio ambiente e um uso menor de insumos químicos.
Em 2022, em entrevista ao Diário do Comércio, Beloni defendeu que a agricultura regenerativa é uma nova forma de olhar a agricultura, buscando melhorar o equilíbrio, reestruturando o solo e melhorando a biodiversidade presente. Dentre as ações adotadas estão algumas bastante importantes, como evitar ao máximo revolver o solo e manter a cobertura vegetal com plantas que, além de proteger de erosão e do calor, também ajudam a atrair inimigos naturais para reduzir a incidência de pragas e doenças. “Ao manter a cobertura do solo com plantas ideais, é possível reduzir as pragas e doenças, reduzindo a aplicação de defensivo. O solo recoberto e com plantas de cobertura também exige menor uso de fertilizantes químicos pelo uso mais intensivo do orgânico que, na nossa produção, hoje, é a maioria. Além disso, o orgânico melhora ainda mais a qualidade do solo”, disse à época.
E o pensamento permanece. Para ele, a qualidade ambiental deve ser prioridade das empresas do campo. “É importante investir na preservação de todas as partes de reserva de nossas fazendas. Cuidar, incentivar nossa equipe a ter um tratamento cuidadoso com essas áreas e também cuidar para ter uma agricultura mais sustentável. Cuidar da vida do solo e da vida das plantas através de vários procedimentos do dia a dia. Com isso, a gente consegue reduzir a quantidade de insumos químicos, porque a gente consegue deixar solo e plantas mais equilibrados, com menos doenças. Isso melhora a qualidade ambiental e diminui a emissão de carbono. Isso é o futuro”, reitera.
Futuro também na visão do mercado, já que, cada vez mais, os compradores também valorizam esse tipo de ação e começam a priorizar produtos reconhecidos. Tanto que o Brasil tem avançado nesse quesito. Aliás, para o produtor, o País é o que está mais crescendo em agricultura regenerativa, com práticas que aliem sustentabilidade e produtividade. Especialmente no café. “É um momento muito bom e ideal para crescer”, sugere Beloni.
Segundo ele, a safra 2024 foi boa para a empresa, que está um pouco na contramão do mercado. Isso porque, na região do Cerrado, onde a AgroBeloni tem focada sua produção, a safra 2023 foi alta e 2024 baixa. “A nossa alta foi agora em 2024. E 2025 vai ser de safra baixa, um ano que não está prometendo ser muito bom. Inclusive, os preços do café estão bem altos por causa disso. Quase todo mundo vai ter uma produção mais baixa, inclusive a AgroBeloni”, admite.
Mas não há motivos para reclamação. Beloni cita a competitividade do mercado brasileiro, que hoje representa 33% do mercado mundial de café. “Pelos números, acredito que em dez anos a gente deve pular para 50% do mercado mundial de café. Dependendo do preço, outros produtores e países perder espaço e no Brasil, o produtor vai ganhar. A tendência é cada vez mais o Brasil ficar mais forte, porque aqui tem uma agricultura mais moderna, com tecnologia, mecanização e qualidade. Os outros países ainda têm uma agricultura muito rudimentar, menos competitiva e com produtividade baixa. O Brasil tem tudo para conquistar cada vez mais mercados”, aposta.
E nesta esteira deve ir também a AgroBeloni. A empresa atente tanto o mercado nacional quanto o internacional. O café, por exemplo, é enviado para os Estados Unidos, França, Inglaterra, Austrália e Japão.

Qual é a sua reação?

like

dislike

love

funny

angry

sad

wow

motos e motos