PROGRESSO DA SAFRA DE CAFÉ

Toda terça-feira no período da safra, a equipe FG consulta o geoprocessamento da Cooxupé para os dados informativos e os resume de forma fácil e rápida para o acompanhamento. 

Reta Final: foi atingido 91,3% da área até o dia 22/08, avanço de 5,2 pontos percentuais na comparação com a semana anterior, de acordo com boletim divulgado. A colheita segue um pouco mais lenta do que em anos anteriores. Em 2024, a cooperativa reportou colheita de 95,4% da área e em 2023, nesta época, 92%.

Confira abaixo o andamento da safra em cada região produtora:
* Sul de Minas: 93,5%
* Cerrado Mineiro: 88,5%
* Matas de Minas: 97%
* São Paulo: 82,4%
Total: 91,3%

O mercado do café arábica recuou nesta terça-feira, com os contratos registrando queda superior a 1%. Em Nova Iorque, o contrato de setembro fechou a 384,05 cents de dólar por libra-peso, baixa de 1,51%, enquanto o de dezembro marcou 372,30 cents, queda de 1,44%. O recuo reflete a finalização da colheita da safra brasileira, especialmente após a Cooxupé, maior cooperativa de café do país, informar que 91,3% da área de seus cooperados já foi colhida. 

O aumento da oferta pressiona os preços, que também sofrem com a demanda externa contida, principalmente nos Estados Unidos, devido às tarifas de 50% aplicadas a produtos brasileiros. Esse cenário de vendas restritas mantém os investidores cautelosos e os preços do arábica pressionados, mas a safra brasileira, com menor produtividade devido a impactos climáticos, ainda dá algum suporte para as cotações.

Relatório divulgado pela Pine Agronegócios destaca que o estresse pós-colheita da safra 2025/26, somado às geadas e chuvas de pedra registradas em regiões chave do Sul de Minas após agosto, comprometeu a recuperação vegetativa das plantas. “Em áreas que produziram muito em 25/26, a reposição de folhas não ocorreu de forma adequada, o que reduz a base fisiológica para o pegamento das floradas. Isso mostra que, mesmo que o clima seja benéfico daqui em diante, o teto produtivo da próxima safra/26 já foi reduzido. “Teoricamente, é esperado que no próximo ano teremos uma safra bem mais elevada da que foi esse ano, pois estaremos lidando com um ano de bienalidade positiva.

Fonte: Texto e pesquisa Equipe FG. 
Sites: Cooxupe & Forbes Br